Em 2003, o ganhador do Prêmio Nobel de química de 1996, Richard E. Smalley citou quais seriam “os dez maiores problemas da humanidade para os próximos 50 anos”. Destes, o consumo de energia figurou como o principal item, justamente como resposta à projeção do crescente aumento da população mundial. Segundo sua opinião, este fato poderia ser considerado como o desafio da era “Clima-Energia” (HUANG, 2011, p. 2).
Diagnóstico energético é o método para a avaliação de consumos de insumos energéticos por meio de levantamentos de dados em campo. Após processados, permitem identificar qualitativamente os pontos considerados como críticos e assim indicar necessidades de atuação em equipamentos específicos.
Sendo assim, pode-se destacar as seguintes finalidades de um diagnóstico energético: Avaliar o uso das fontes de energia em uma instalação identificando variáveis de produção, consumos e a efetividade do seu uso nos processos produtivos e também, de maneira complementar, propõe boas práticas no uso da energia com ideia principal de implantar uma melhor eficiência energética.
Desse modo, a implantação de procedimentos de diagnóstico energético pode resultar em melhor adequação na utilização da energia nos diversos períodos de tempo e evidenciar necessidades de readequação no gerenciamento das atividades dentro da empresa.
O diagnóstico auxilia escolher as soluções que terão melhor custo x beneficio e descreve com clareza pontos importantes, como onde investir primeiro, como será medido a economia (utilizando o protocolo internacional de medição e verificação, por exemplo), melhores soluções em cada caso, como será feito (equipamento, mão de obra, etc..), comparações de opções de financiamento, se for o caso (soluções sem desembolo/“cash out”, capex x opex, custo efetivo total, impacto no balanço e resultado da empresa, utilização de fundos com subsídios, etc..), cronograma de implementação físico/financeiro (fluxo de caixa), planejamento tributário (desconto do IRPJ/CSLL/PIS/Cofins/ICMS, Capex x Opex, etc..).
O diagnóstico é essencial para justificar investimentos no projeto, já que descreve as ações a serem tomadas, recursos necessários e payback do projeto (ou RCB caso seja um projeto que utiliza o fundo do Programa de Eficiência Energética da Aneel). Dentre essas ações, destacam-se a tecnologia LED, energia solar fotovoltaica, a automação por meio de sensores/inversores de frequência, uso de motores de alta eficiência e aquecimento solar.
Sendo assim, pode-se inter-relacionar o diagnóstico energético e os vários elementos que podem influenciá-lo: uso e consumo de energia, áreas com uso significativo de energia e oportunidades de melhorias. A análise de uso e de consumo de energia deve incluir todos os tipos de insumos energéticos utilizados dentro da área de análise da unidade industrial, incluindo a rota de utilização, a identificação das áreas com uso significativo de energia para estabelecer as prioridades das ações necessárias de abordagens. A identificação de oportunidades de melhorias permite o estabelecimento das metas a serem desenvolvidas para a redução de consumo de energia.
Para a norma ABNT NBR ISO 50001, revisão energética é a determinação do desempenho energético da organização que baseado em dados e informações levará a identificação de oportunidades de melhorias na utilização de insumos de energia.
Não importa o tamanho da sua empresa, diagnosticar o uso da energia, faz com que as tomadas de decisão sejam assertivas e econômicas. Fale com a ZAS.